Cada vez mais supermercados, restaurantes e outros tipos de estabelecimentos que necessitam de ambientes refrigerados e climatizados precisam de equipamentos que funcionem de forma correta, contínua e com melhor qualidade para transformar energia elétrica em energia térmica para a conservação de produtos perecíveis que hoje são muito utilizados pelos consumidores e clientes.
Para o comerciante, estes equipamentos têm que oferecer o melhor custo-benefício para atender bem ao cliente e gerar receita para o negócio, pois os equipamentos frigoríficos tem uma participação importante no consumo total de energia de uma loja, aproximadamente 75% desse consumo são dos compressores, câmaras e balcões frigoríficos.
Estudos apontam que 75% dos gastos de uma operação de refrigeração se dão à utilização da eletricidade. Por volta de até cinco vezes maior do que o investimento de compra e instalação.
Evitar desperdícios de energia, produzir o frio necessário com menor dosagem de energia elétrica, assim dizendo, gerar o mesmo frio consumindo menos energia. Isto significa ter uma alta eficiência energética.
Todo equipamento de refrigeração possui um COP que significa Coeficiente de Performance, um indicativo de performance energético. Assim dizendo, quanto superior o COP, melhor. Visto que foi empregado uma mesma capacidade de frio, utilizando menos energia elétrica.
Abaixo segue gráfico apresentado pela ABRAVA apontando os gastos de manutenção, custo capital e eletricidade:
O aumento da eficiência energética dos equipamentos irá possibilitar um melhor COP (coeficiente de performance) que está diretamente influenciado pela forma como os equipamentos foram previamente selecionados e como são realmente instalados e utilizados.
Desta forma, a melhoria da eficiência energética deve ser analisada desde a fase do projeto, da instalação, através da escolha de soluções técnicas e equipamentos mais eficientes do ponto de vista energético.
Para o bom funcionamento dos equipamentos para refrigeração em um estabelecimento, alguns passos importantes devem ser seguidos desde a concepção do projeto até a sua utilização final, podemos dividir este processo em 4 partes:
- Projeto (levantamento de carga térmica e layout).
- Montagens (Selecionamento dos equipamentos: Unidade Condensadora, Evaporadores e realizar as interligações de todos os componentes necessários para o funcionamento).
- Operações (utilização correta pelo cliente final).
- Manutenção preventiva e corretiva.
Pequenos detalhes nas fases citadas podem fazer a diferença para o usuário e cliente final como:
- Melhoria significativa na durabilidade dos equipamentos.
- Menor custo de manutenção e maior confiabilidade do sistema.
- Facilidades na operação.
- Menor consumo de energia.
- Melhor conservação dos produtos refrigerados armazenados.
- Aumento das vendas de produtos refrigerados na loja.
Detalhes que às vezes não são levados em consideração como um bom subresfriamento do líquido refrigerante de 6 a 11 graus, superaquecimento total do vapor de 10 a 12 graus retornando ao compressor podem gerar um menor consumo de energia como também diminuem os riscos de falhas precoces nos compressores.
Um exemplo mais simples é quando se tem um sistema trabalhando equilibrado em boas condições termodinâmicas, razão de compressão ou taxa de compressão adequada para operação do compressor. Entende-se por razão de compressão o quociente entre a pressão de alta (condensação) e a pressão de baixa (evaporação).
Atualmente, os equipamentos Elgin são concebidos com tecnologia para terem vida útil maior sem muitas interrupções, mas não são imunes a falhas se não forem bem montados, operados e contarem com uma boa manutenção preventiva.
Um exemplo prático pode ser feito em uma loja pequena, em média 1.200 metros quadrados que venha a ter uma capacidade instalada de 30.000kcal/h de resfriados e 15.000kcal/h de congelados.
Considerando estes equipamentos trabalhando a plena carga, geram um consumo de energia elétrica entorno de 38KWh máximo, isto só os compressores operando, sem contarmos as resistências elétricas dos evaporadores que também tem um grande consumo quando estão em operação de degelo.
Tempo de operação em horas por dia 18h x 38KW x 30 dias = 20.520KW mês. Se considerarmos o preço do KWh para fornecimento de 220V 3F = R$ 0,24, teremos uma conta de energia mensal no valor = R$ 4.924,80, acrescentamos a este valor o valor do ICMS 25% que é cobrado na conta temos: R$ 4.924,80 x 25% = R$ 6.156,00.
Com uma boa instalação e boas práticas na operação do sistema, o consumo de energia poderá ter uma redução de no mínimo 10%, o que gera uma economia importante para o usuário final (estabelecimento) que ao longo da utilização e vida útil dos equipamentos, resulta em valores expressivos chegando até amortizar o valor pago pelo equipamento comprado.
No exemplo acima, a economia seria de R$ 615,00 mensal e ao longo do ano = R$ 7.387,00. A vida média do equipamento em torno de 6 a 8 anos geraria uma economia de aproximadamente R$ 44.280,00. Isto sem contarmos com a depreciação rápida dos equipamentos se forem mal instalados.
Cálculos realizados apenas para operação dos compressores (modelos Scroll e semi-hemetico) se este procedimento for estendido também para os evaporadores e balcões, a economia poderá ultrapassar os 10%.
Por este motivo destacamos que o usuário final deve levar em consideração estes conceitos, na hora de comprar e instalar seus equipamentos, porque o barato pode sair muito caro depois.
Aliado as boas práticas, recomendamos também, um contrato de manutenção preventiva entre o usuário final e o mecânico que poderá oferecer uma maior confiabilidade no funcionamento do sistema.
É necessário também, que os técnicos e mecânicos de refrigeração participem de cursos de especialização junto aos fabricantes, que normalmente oferecem cursos e palestra de conscientização das boas práticas na instalação e manutenção.